Obra assinada por Ivan Serpa e Antonio Maluf.
O carioca Ivan Serpa (1923-1973) foi um artista de extensa produção, professor e formador do Grupo Frente, um marco histórico no movimento construtivo no Brasil. Convidado pelo MAM Rio, Serpa começou a dar aulas em 1952 e formou diferentes gerações de artistas. Com o crítico Mário Pedrosa, escreveu o livro “Crescimento e Criação” em 1954, sobre sua experiência no ensino de arte para crianças. Nas palavras de Pedrosa, nessas aulas “se cultiva a liberdade completa de expressão”.
Serpa foi aluno do gravador austríaco Axl Leskoschek em 1946. No ano seguinte, expôs na divisão moderna do Salão Nacional de Belas Artes. Nesse período já demonstrava preocupação com o plano pictórico, que o levou ao abstracionismo geométrico e ao concretismo na década de 1950.
Antonio Maluf formou-se em Engenharia pela Universidade Mackenzie e em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Com referência à arte, especificamente, em 1948 (sic) comecei a frequentar a escola de Flávio Motta e Ciccillo Matarazzo. Era uma escola bastante experimental, que não chegou a se firmar. Havia nomes como Nélson Nóbrega, e outros. Logo depois ela foi dissolvida, com a separação de Flávio e Ciccillo. Estudei, então particularmente com Waldemar da Costa e em seguida com Flexor. Fui para o Museu de Arte de São Paulo, em 1950. Eram meus professores, Sambonet em desenho, Darel em gravura, juntamente com Poty Lazarotto. Em 1951, fui para o Instituto de Arte Contemporânea (Masp) onde tive como primeiros professores, Ruchti, Candia, Bardi e Lina Bo, que mudaram toda a orientação que eu havia recebido e me apresentaram outra concepção de pintura. Apoiavam nova estrutura e isso facilitou o movimento de arte concreta. Também foi dessa escola que surgiu a possibilidade de uma nova atividade profissional, que é a do Industrial Designer, à qual também sempre me dediquei até a fundação da Associação Brasileira de Desenho Industrial, em 1963.
Técnica de Serigrafia:
Serigrafia (silk-screen) é um processo de impressão (gravura planográfica) em uma superfície, no qual a tinta é vazada, pela pressão de um rodo ou espátula, através de uma tela preparada para transferir para o papel.